Saturday, January 2, 2016

Matemática e Humor (Não-Matemática)

Você está estudando na biblioteca e repara na moça ao lado. Ela morde a caneta. Seu rosto tenso não deixa dúvidas: está tentando resolver um problema difícil de Matemática. Você torce pra que ela não esmoreça antes de conseguir, porque ela fica mais bonita quando seu rosto está relaxado.

De repente, o que a moça faz? Sorri. A estudante sorri.

Por que a reação fisiológica da moça ao resolver o problema é tão semelhante àquela que seria provocada por uma boa piada, leitor amigo? Ora, porque nos dois casos a mesma coisa acontece: uma sucessão particularmente veloz de sinapses nervosas. Um pensamento rápido.

Eu conheço bem essa sensação: começando a pensar num problema estou concentrado e talvez até meio tenso; mas quando consigo resolvê-lo fico mais feliz que a minha mãe quando acha uma vasilha de plástico grande no supermercado.

Divulgar a Matemática tornará as pessoas um pouco mais felizes, leitor. Dará a elas um pouco mais do prazer do pensamento, aquele que elas já conhecem por meio do Humor.

O conhecimento da Matemática vale a pena porque pode ser tão agradável quanto uma boa piada ou uma boa música. Só por isso já valeria a pena. Mas não é, que, incidentalmente, a Matemática ainda calha de ter algumas aplicações práticas?

Calebe Alves

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